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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

PLANOS

Planos

amanhecer(a)

PLANOS

Totonho Celestino era um homem de planos, de sonhos, de pequenas e grandes realizações para o futuro.
No seu ‘jas’ – jeito anônimo de ser – o tiozinho, bem aparentado e sempre sorridente, esbanjava aquela esperança de que amanhã , com certeza, seria outro dia. E outro dia muito especial em razão de que algum de seus planos fosse posto em prática ou algum de seus sonhos fosse realizado.

Sozinho de companhias, habitante e proprietário de um barracão simples, meia água, paredes caiadas e janelas e portas azuis, Celestino ‘sigilosiava’ as questões do amor. Mesmo que suspirasse logo depois de dizer “não tenho tempo para essas coisas”.

Sem dívidas, sem dúvidas, e cercado de expectativas, Totonho apostava que seu dia ia chegar. Que abriria o portão e saltaria para o mundo. Por maior que fosse o mundo, seria um salto de quem não teme distâncias, de quem sabe que longe é um lugar que existe mas que se pode chegar lá.

Até que dormiu com suas pretendidas exuberâncias. Era um homem de planos. Pela carinha boa, pelo sorriso adocicado de paz que a boquinha miúda estampava, Totonho tinha um bom plano para hoje, sonhara um bom sonho até que a manhã chegou.

A manhã chegou sem que o homenzinho cordato e esperançoso estivesse  mais incluindo nos  planos dela.

VERBOS

Verbos

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VERBOS

Naquele dia, como em todos os anos, ela se lembrou de que tomou uma decisão na sua vida que mudou completamente seu destino. Mas, agora, passados 30 anos, o peso daquele “não” lhe pareceu insuportável e não houve como conter as lágrimas.

Nestes tempos em que oferecer uma flor como sinal de que amamos o outro é pura precipitação e dizer “eu te amo” é um tremendo mico, as lágrimas delas estavam mais para um dramalhão mexicano do que para uma constatação dolorosa: estava sozinha e sentia, urgentemente, a necessidade de alguém que a tomasse nos braços e disse “meu amor”.

O “não” , trinta anos antes, a desobrigou de um casamento e deu-lhe as senhas da vida livre e independente. Ao mesmo tempo, permitiu que vivesse outros relacionamentos e que se decepcionasse com eles. Até decepcionar-se consigo mesma e ensurdecer o coração para as tantas vozes da paixão.
Agora, no momento em que a simplicidade é o maior bem, em que o valor da vida alcança sua melhor cotação, quer apenas um ombro amigo, a mão afetuosa que tomara a sua, a companhia que passeará com ela pela praça, que observará com ela as estrelas, que acalentará seu sono de sossego.

Enquanto o amado não chega, “impávido que nem Muhammad Ali” , suas lágrimas são uma espécie de lição gramatical em que se aprende que viver é um verbo sem conjugação no passado, nem no futuro.

'Jas'

‘Jas’

LUZES
‘JAS’

O poeta Cleber Camargo diz , no poema “Santo de casa” , que “ a gente jaz / e acontece”.

Tem gente que antes de ir desta para melhor, faz-se acontecimento com o seu ‘jas’ ou ‘jeito anônimo de ser’. É aquela pessoa que está ‘sempre à mão’ para as nossas horas de aflição, do sem saber o que estamos fazendo por aqui, dos perrengues materiais ou das alegrias e felicidades e outras benesses pois a vida , se quisermos, não é tão má quanto a pintamos.

Sem alarde, sem carro de som passando na sua porta, sem receita de sucesso, quem tem um bom ‘jas’ faz uso do sorriso, da ponderação, do abraço apertado e dos elogios necessários para retornar a nossa composição aos trilhos, clarear o horizonte, fazer a gente suspirar de alívio. Sem saber, há uma pessoa ‘jas’ pertinho de você.

Pessoas qualificadas no ‘jas’ são simples. Simples que a gente nem nota, de tão ‘jaz’ que estamos.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

domingo, 4 de janeiro de 2015

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