Sítio para se reunir umas idéias,alastrar umas poesias, pendurar fotos, elogiar as artes e artimanhas, atrair humanidades e ir, ir, ir ...
domingo, 30 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
DE VOLTA
Patrick Charaudeau, em O discurso das mídias – Ed. Contexto, 2007, pág. 137 – diz que o ser humano se debate entre dois imaginários, o da aldeia e o do planeta. Segundo o francês, “ a aldeia, símbolo da força de campanário, conservadora, que lança as raízes da identidade bem fundo na terra mãe, a terra dos ancestrais, da família, dos vizinhos, dos amigos, das relações íntimas; a aldeia que delimita o horizonte de vida, o campo de ação do homem, àquilo que lhe é mais próximo, em que ele pode tocar ou reconhecer imediatamente como familiar. O imaginário do planeta, símbolo do desejo de expansão, de expansão para outros horizonte, e que, inversamente à força de campanário, não deixa que as raízes cheguem a se firmar e faz com que o homem, como a rosa dos ventos, deixe-se se levar através do espaço; o planeta que abre o horizonte de vida, o campo de ação do homem àquilo que é diferente, distante, exótico, que ele pode perseguir numa busca sem fim, vivendo permanentemente por procuração os mundos e os heróis que inventa para si”.
Luciana Katahira acaba de chegar de uma viagem de 36 dias pela Bolívia e Peru. Entusiasmada, emocionada, falante, ela é o exemplo daqueles que vivem o imaginário do planeta. Ama a vida, ama o mundo e sabe, como ninguém que – tomando emprestado uma frase de uma música dos Titãs – “é caminhando que se faz o caminho”.
Katahira é uma viajante. É uma das mulheres “mais homem” que conheço. Capaz de empreitadas radicais e, digamos, algumas vezes exóticas.
Mas ela tem a sua aldeia; um coração de felicidade extrema envolvido nas delicadas raízes de seus sonhos.
Luciana Katahira acaba de chegar de uma viagem de 36 dias pela Bolívia e Peru. Entusiasmada, emocionada, falante, ela é o exemplo daqueles que vivem o imaginário do planeta. Ama a vida, ama o mundo e sabe, como ninguém que – tomando emprestado uma frase de uma música dos Titãs – “é caminhando que se faz o caminho”.
Katahira é uma viajante. É uma das mulheres “mais homem” que conheço. Capaz de empreitadas radicais e, digamos, algumas vezes exóticas.
Mas ela tem a sua aldeia; um coração de felicidade extrema envolvido nas delicadas raízes de seus sonhos.
COITADO DO CHICO
http://portalamazonia.locaweb.com.br/sites/amazoniaagora/img/upload/chico_cesar.jpg
A revista Veja – edição 2127, de 26 de agosto de 2009 – traz reportagem especial sobre a Coréia do Norte. Num determinado momento, a jornalista Thaís Oyama pergunta: “ E onde está Kim Jong-Il, o filho? ( Kim Jong Il é o atual “querido líder” e representante, na Terra, de seu pai, Kim Il-sung, “ o presidente eterno”) E prossegue Oyama: “ Não demora para o visitante entender que o tirano norte-coreano, de cabelos espetados como os do cantor Chico César, é, entre os Kims, o menor”.
Style it´s style e, guardada as devidas proporções, os penteados se assemelham. Contudo, a repórter, nesse tal mundo homogeneizado, resolver continuar promovendo a aproximação entre a Paraíba e a Coréia do Norte. Da maneira, digamos, menos aconselhável, uma vez que pejorativiza o nosso querido Chico. Ela escreve assim, mais adiante: “ O Chico César coreano não é exatamente um gênio da política e administração – sua opção preferencial é pelo investimento em armas nucleares”.
Tomara que o nosso César não se empolgue com tamanha insensibilidade jornalística.
Style it´s style e, guardada as devidas proporções, os penteados se assemelham. Contudo, a repórter, nesse tal mundo homogeneizado, resolver continuar promovendo a aproximação entre a Paraíba e a Coréia do Norte. Da maneira, digamos, menos aconselhável, uma vez que pejorativiza o nosso querido Chico. Ela escreve assim, mais adiante: “ O Chico César coreano não é exatamente um gênio da política e administração – sua opção preferencial é pelo investimento em armas nucleares”.
Tomara que o nosso César não se empolgue com tamanha insensibilidade jornalística.
domingo, 23 de agosto de 2009
SABEDORIAS
Mensagem do meu filho caçula para os seus amigos de web: " A paciência é a arte da esperança".
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
SOBRE LIVROS E LEITURAS
Para quem gosta de ler, gosta de presentear, receber ou indicar livros, este belo escrito de Daniel Pennac:
Quando um ser querido nos dá um livro para ler, é a ele quem primeiro buscamos nas linhas:seus gostos, as razões que o levaram a nos colocar esse livro entre as mãos, os fraternos sinais. Depois é o texto que nos carrega e esquecemos aquele que nos mergulhou nele:toda força de uma obra está, justamente, no varrer mais essa contingência! Entretanto, com o passar dos anos, acontece que a evocação do texto traz a lembrança do outro; certos títulos se transformam então, em rostos.
Quando um ser querido nos dá um livro para ler, é a ele quem primeiro buscamos nas linhas:seus gostos, as razões que o levaram a nos colocar esse livro entre as mãos, os fraternos sinais. Depois é o texto que nos carrega e esquecemos aquele que nos mergulhou nele:toda força de uma obra está, justamente, no varrer mais essa contingência! Entretanto, com o passar dos anos, acontece que a evocação do texto traz a lembrança do outro; certos títulos se transformam então, em rostos.
sábado, 15 de agosto de 2009
RETA FINAL
A assessoria de Luciana Katahira informa que a jornalista está em Cuzco, Peru. Por questões administrativas e legais, ao que parece, Katahira não poderá gravar imagens da cidade. Cuzco é a penúltima cidade a ser visitada pela apresentadora do programa Cidade da Gente. A viagem, que começou em 17 de julho vai terminar no dia 24 de agosto. Ainda de acordo com as informações, Luciana vem trazendo na bagagem lindas imagens, valiosos depoimentos e, claro, como é de praxe nas aventuras dela, muitas histórias engraçadas.
TALENTO E SIMPLICIDADE
Meu amigo e excelente profissional na área de vídeo, Leo Fontes, apresentando um clipe que sua produtora, a Planeta Vídeo, produziu para Yasmin Faria cantando One Step Before the Door.
Cliquei no endereço http://www.youtube.com/watch?v=iUrWXaezFjY .
Realização bem sucedida, com simplicidade e emoção. Experimente assistir.
Cliquei no endereço http://www.youtube.com/watch?v=iUrWXaezFjY .
Realização bem sucedida, com simplicidade e emoção. Experimente assistir.
BOA IDÉIA PARA SE CONCRETIZAR(não para beber)
Minhas relações com Itabira, assim como com Conceição do Pará, Alfenas, Fama, Itaú de Minas, Piumhi, Passos, São Sebastião do Paraíso,Araçuaí, Minas Novas, Itamarandiba, São Roque de Minas, Pouso Alegre são afetivas e cheias de amigos e emoções. Agora, lá de Itabira, Armando Bello, filho de Carangola ancorado entre os morros itabiranos, colunista de boa cepa, está sugerindo que seja criado na cidade uma espécie de semana drummondiana. Algo semelhante ao que acontece em Paraty, com seu encontro internacional de literatura. A idéia é brilhante e ótima para o período mais frio na região. Acredito que pode ser concretizada sem prejudicar outro bom evento da que é o festival de inverno itabirano.
AONDE O POVO ESTÁ
Manifestação na BR 381, no trevo para Itabira-MG. A experiência e a ponderação juntas com a juventude e a vontade de trabalhar participaram, ao lado da comunidade, de uma mobilização em favor das obras de duplicação da rodovia. João Izael, prefeito de Itabira, Ronaldo Magalhães, deputado estadual e Neidson de Freitas, vereador e presidente da Câmara itabirana. Exemplos de cidadãos e homens públicos que não se escondem nos gabinetes.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
DEIXA QUE O BOECHAT RESOLVE
FOTO:http://www.aprendebrasil.com.br/projetos/rallysertoes/imagens/brasilia/congresso_nacional_brasilia.jpg
Ao que parece o espaço midiático vem assumindo, velozmente, papéis que, até então, deveriam ser desempenhados pelas instituições, pelos legisladores, pelos executores e, óbvio, supervisionadas por nós, cidadãos que, ao final das contas, somos os responsáveis finais pelas decisões, atitudes, mandos, desmandos e, com perdão da vulgaridade, pela zona generalizada que vai desde o emprego para o namorado da neta até o desvio de milhões ou a morte de centenas ou dedos sujos saindo e entram por orifícios e ratoeiras vários.
Eliseo Verón em seu livro Fragmentos de um tecido, no capítulo “As mídias na recepção: os desafios da complexidade”, aponta para o fato de que “ a passagem das sociedades midiáticas para as midiatizadas expressa, na realidade, a adaptação das instituições das democracias industriais às mídias, tornando-se estas últimas as intermediárias incontornáveis”.
Evidentemente que, ainda, essa gestão social se encontra sob o controle das estruturas políticas organizadas, ou seja, o Estado e os partidos. Pensando a idéia de Pizzorno sobre esse sistema como mediador e politizador dos objetivos sociais, os últimos anos de governabilidade no Brasil têm demonstrado que as nossas instituições, como pondera Verón, a respeito das instituições políticas das democracias industriais, “parecem ter cada vez mais dificuldades de exercer essa função de mediação entre os coletivos que definem as identidades sociais e seu ambiente”. Na sua percepção,” as mídias, intermediários obrigatórios da gestão política das representações sociais no período da midiatização, hoje têm uma tendência a se tornar autônomas, de “curto-circuitar” as instituições políticas”.
A consequência dessa auto-governabilidade, dessa autonomia, caso aconteça de vez, sobre a máquina política indicaria, para Verón, “ que entramos em um período novo que nos leva para além da midiatização, tal como a conhecemos até agora”. Ao contrário de redundar no clichê de “quarto poder” – o que nivelaria as mídias aos outros três – na hipótese de um novo período de midiatização, alerta Eliseo, as mídias seriam o lugar(o único) em que, no plano da sociedade global, far-se-ia o “trabalho” sobre as representações sociais: as instituições políticas seriam cada vez mais desapossadas dessa função”.
Os posicionamentos dos âncoras dos telejornais, a contundência – ou superficialidade - das reportagens, os canais de locução e interlocução com a sociedade e as “saias justas” dos infindáveis talk shows sinalizam para isso.
Eliseo Verón em seu livro Fragmentos de um tecido, no capítulo “As mídias na recepção: os desafios da complexidade”, aponta para o fato de que “ a passagem das sociedades midiáticas para as midiatizadas expressa, na realidade, a adaptação das instituições das democracias industriais às mídias, tornando-se estas últimas as intermediárias incontornáveis”.
Evidentemente que, ainda, essa gestão social se encontra sob o controle das estruturas políticas organizadas, ou seja, o Estado e os partidos. Pensando a idéia de Pizzorno sobre esse sistema como mediador e politizador dos objetivos sociais, os últimos anos de governabilidade no Brasil têm demonstrado que as nossas instituições, como pondera Verón, a respeito das instituições políticas das democracias industriais, “parecem ter cada vez mais dificuldades de exercer essa função de mediação entre os coletivos que definem as identidades sociais e seu ambiente”. Na sua percepção,” as mídias, intermediários obrigatórios da gestão política das representações sociais no período da midiatização, hoje têm uma tendência a se tornar autônomas, de “curto-circuitar” as instituições políticas”.
A consequência dessa auto-governabilidade, dessa autonomia, caso aconteça de vez, sobre a máquina política indicaria, para Verón, “ que entramos em um período novo que nos leva para além da midiatização, tal como a conhecemos até agora”. Ao contrário de redundar no clichê de “quarto poder” – o que nivelaria as mídias aos outros três – na hipótese de um novo período de midiatização, alerta Eliseo, as mídias seriam o lugar(o único) em que, no plano da sociedade global, far-se-ia o “trabalho” sobre as representações sociais: as instituições políticas seriam cada vez mais desapossadas dessa função”.
Os posicionamentos dos âncoras dos telejornais, a contundência – ou superficialidade - das reportagens, os canais de locução e interlocução com a sociedade e as “saias justas” dos infindáveis talk shows sinalizam para isso.
sábado, 1 de agosto de 2009
DIREITO E JUSTIÇA
O pensador e filósofo alemão,Walter Benjamin, em “O novo advogado” diz que o Direito, ao contrário de ser aplicado, mas se apenas estudado, é a porta da justiça. Contudo, alguns “estudantes” deveriam fazê-lo por detrás das grades. Até porque a porta da justiça deveria abrir para os dois lados.
NO PERDER LA TERNURA
Vento vem, vento vem e a verdade é que ninguém pode tutelar ou submeter ninguém! A crônica de Nelson Motta pode ajudar a confirmar.
SANGUE,SUOR E BRAVATAS
Crônica de Nelson Motta publicada no site. www.sintoniafina.com.br
O comandante Raúl Castro já avisou ao povo que a coisa está feia e que a crise mundial exige sacrifícios de todos. Não é novidade: é o que os cubanos já vêm fazendo nos últimos 50 anos. Os sábios do Partido, os grandes planejadores, os faróis do socialismo, concluíram que a única solução será arrendar 40% das terras férteis do Estado, que estão ociosas, e mandar o povo plantar o que comer. Pátria o muerte !
Depois de 50 anos de reforma agrária, fazendas coletivas, cooperativas rurais, agricultura comunitária, todas as formas de coletivização agrícola socialista foram postas em pratica - e resultaram em incontestável fracasso. Do contrário não haveria tanta terra ociosa, tanta gente desempregada e tanta escassez de alimentos na ilha, depois de 50 anos de “povo no poder”.
Os companheiros cubanos vão descobrir que uma agricultura produtiva não se faz com vontade política e patriotismo, mas com máquinas modernas e tecnologia, e é movida pelo empreendedorismo e pela busca de remuneração para seus trabalhadores e investidores. Mas o perfeito idiota latino-americano é fiel ao modelo fidelista. Socialismo o muerte!
O comentarista de economia da TV estatal cubana, Ariel Terrero, na pratica um porta-voz do governo, falou claro:
"O arrendamento de terras estatais a 80 mil pessoas, que afinal é colocar a propriedade estatal nas mãos dos produtores, poderia ser aplicado a outros setores, como os serviços alimentícios, o comércio varejista e outras áreas onde é realmente impossível, diante da diversidade e dos objetivos dos negócios, que o Estado administre diretamente. São necessárias fórmulas mais dinâmicas, mais inteligentes, de entender a propriedade, de administrar um serviço ou uma cafeteria."
Levaram 50 anos de sangue, suor, lágrimas e bravatas, sobre multidões de mortos, para chegar ao óbvio. Logo vão descobrir que, como no Brasil, é o agronegócio bem-sucedido que multiplica e barateia os alimentos, cria empregos e gera divisas para o país importar os equipamentos de que precisa para se modernizar e crescer.
Se continuarem assim, os cubanos vão acabar caindo numa democracia.
Crônica de Nelson Motta publicada no site. www.sintoniafina.com.br
O comandante Raúl Castro já avisou ao povo que a coisa está feia e que a crise mundial exige sacrifícios de todos. Não é novidade: é o que os cubanos já vêm fazendo nos últimos 50 anos. Os sábios do Partido, os grandes planejadores, os faróis do socialismo, concluíram que a única solução será arrendar 40% das terras férteis do Estado, que estão ociosas, e mandar o povo plantar o que comer. Pátria o muerte !
Depois de 50 anos de reforma agrária, fazendas coletivas, cooperativas rurais, agricultura comunitária, todas as formas de coletivização agrícola socialista foram postas em pratica - e resultaram em incontestável fracasso. Do contrário não haveria tanta terra ociosa, tanta gente desempregada e tanta escassez de alimentos na ilha, depois de 50 anos de “povo no poder”.
Os companheiros cubanos vão descobrir que uma agricultura produtiva não se faz com vontade política e patriotismo, mas com máquinas modernas e tecnologia, e é movida pelo empreendedorismo e pela busca de remuneração para seus trabalhadores e investidores. Mas o perfeito idiota latino-americano é fiel ao modelo fidelista. Socialismo o muerte!
O comentarista de economia da TV estatal cubana, Ariel Terrero, na pratica um porta-voz do governo, falou claro:
"O arrendamento de terras estatais a 80 mil pessoas, que afinal é colocar a propriedade estatal nas mãos dos produtores, poderia ser aplicado a outros setores, como os serviços alimentícios, o comércio varejista e outras áreas onde é realmente impossível, diante da diversidade e dos objetivos dos negócios, que o Estado administre diretamente. São necessárias fórmulas mais dinâmicas, mais inteligentes, de entender a propriedade, de administrar um serviço ou uma cafeteria."
Levaram 50 anos de sangue, suor, lágrimas e bravatas, sobre multidões de mortos, para chegar ao óbvio. Logo vão descobrir que, como no Brasil, é o agronegócio bem-sucedido que multiplica e barateia os alimentos, cria empregos e gera divisas para o país importar os equipamentos de que precisa para se modernizar e crescer.
Se continuarem assim, os cubanos vão acabar caindo numa democracia.
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