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sábado, 21 de novembro de 2009

QUALQUER COINCIDÊNCIA É MERA SEMELHANÇA. OU O CONTRÁRIO TAMBÉM VALE

Trecho do valedictory despatch, uma espécie de “carta de despedida” do embaixador inglês no Brasil , no período de 1958 a 1963, sir G.A.Wallinger, publicado na revista Piauí, edição número 38, de novembro de 2009:

“Um aspecto a salientar é que todo governo no Brasil ainda é intensamente “personalista”. Os três presidentes a que me refiro são chamados, simplesmente, de Juscelino, Jânio e Jango. O tamanho do poder em mãos de um presidente brasileiro é relativamente maior do que o poder do presidente dos Estados Unidos, visto que, desde os tempos de Getúlio Vargas, o Congresso nunca conseguiu se contrapor a ele...Embora o presidente dependa do Congresso para a provação de leis, a influência do Poder legislativo na condução da política está viciada pela natureza primitiva da organização dos partidos políticos. Os partidos, apesar das implicações ideológicas de suas denominações, são essencialmente clubes políticos, criados para prover máquinas eleitorais a seus membros; estes, por sua vez, são homens que optaram pela atraente, lucrativa e “suja” carreira política; são frequentemente desprovidos de qualquer compromisso social ou ideológico, ou do sentido de servir à nação. Como consequência, a lealdade partidária é subordinada ao interesse próprio”.

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