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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DINHEIRO É ENERGIA?


DINHEIRO NÃO É ENERGIA!

Na sexta passada, 22 de outubro, dia do aniversário de 18 anos do meu filho caçula, o Vitor,  participei do programa Brasil das Gerais, na Rede Minas de Televisão. Tema do programa: Dinheiro é energia.

Com 5 convidados, mais uma atração especial, mais povo fala, mais relato de experiência, mais conexão com Alemanha, mais intervalos, tenho a impressão de que comentei até “demais” sobre minha experiência com o dinheiro. Creio ter falado, ao todo, uns 5 minutos. Logo eu que não gosto de falar!

Mas, de volta ao frio e à vaca, dinheiro é energia?

Vamos esquecer definições e partamos para as reflexões. Com uma pitada de história para contextualizar. A velha e boa contextualização. Então...

Quem me abriu as portas para aprender a lidar com dinheiro foi o Alessandro Cerri, do Studio Cerri, um dos meus mais importantes clientes. Antes, para não cometer uma injustiça, o meu filho mais velho, o Vladimir, já havia me pedido de presente  o livro “Pai rico, Pai pobre” e, também, comentara comigo sobre a sua leitura do livro “ O segredo”. Sobre os livros, a princípio, demonstrei a minha peculiar rejeição: é auto-ajuda, coisa de Paulo Coelho – sobre quem não tenho nada contra; afinal de contas ele já vendeu mais de 130 milhões de livros em todo o mundo - , foram alguns dos meus preconceituosos comentários. Típico de quem acredita que literatura é de Machado para cima. Depois, mudei de ideia com relação aos livros. Mas é outra história.

Conversa vai, conversa vem, Alessandro comentou a respeito de um tal coaching financeiro. Na perspectiva dele, nós dois – e mais algumas pessoas identificadas por ele – precisávamos aprender a lidar com dinheiro. Em virtude dos argumentos do meu amigo – e das minhas próprias ponderações – conclui que valia a pena tentar. Minha situação era problemática na hora de “fazer um caixa” e profissionalizar as minhas relações de negócio com meus clientes: quer dizer, estabelecer um procedimento seguro de recebimento, uma vez que os prazos eram muito instáveis e as despesas não. Tinha receita para receber mas “não recebia”.

Daí cheguei a Vitadenarium. Uma empresa voltada para esse segmento de negócio: pessoas que querem aprender a lidar com o dinheiro, com a riqueza, com a prosperidade e consigo mesmas. Encontrei pessoas emocionantes: o Rodrigo, a Paula, a Karine  e a Flávia. Em um outro momento escrevo sobre eles.

História contada, programa exibido, como ponderar sobre se dinheiro é ou não energia? Ponderando!

Dinheiro é apenas papel. O modo como o ganhamos, como lidamos com ele  e como o utilizamos é que o energiza.   

Quantas vezes você não disse, repetiu, pensou em dizer, ouviu dizer frases, comentários, críticas e elogios sobre e para o dinheiro. Vamos relembrar juntos? :

Maldita hora em que fui pegar esse dinheiro emprestado!
Maldita hora em que pedi dinheiro ao fulano!
Deus lhe pague esse dinheiro!
Graças à Deus consegui o dinheiro!
Se Deus quiser eu consigo esse dinheiro!
Foi com o meu suor que eu ganhei esse dinheiro!
Meu dinheiro não dá para nada!
Fulano ta esbanjando dinheiro!
Vou guardar um dinheiro pois ninguém sabe o dia de amanhã!
Mereço este dinheiro!
Este dinheiro paga o meu trabalho!
Foi um sacrifício guardar esse dinheiro!
Quem não deve não tem!
Dinheiro não traz felicidade!
Fulana é mão de vaca!
Sicrano é pão-duro!
Comi o pão que o diabo amassou pra conseguir esse dinheiro!
Estão me roubando!
Ah, ele errou no troco. Agora vai ficar mais esperto!
Não devolvi porque ela me tratou muito mal !
Nossa, isso não vale a metade do que eu paguei!
Nossa, ele ta cobrando juros de agiota!

Bom, vamos parar por aqui senão eu desisto de continuar “ponderando” sobre a energia do dinheiro.

Se a hora é ou foi maldita, o dinheiro incorporou essa maldição e tudo começou a dar errado. Quem emprestou começou a cobrar antes do combinado. No prazo acertado você não tem ou tinha o dinheiro para pagar. Você usou o dinheiro diferente do que havia planejado. Quem você pediu a grana também fica amaldiçoado e você quer ver a caveira dele boiando no manguezal! Energia ruim, ruim demais essa que você tem ou teve e a “imprimiu” nas indefesas cédulas. Trate de se benzer e planejar melhor as suas necessidades financeiras. Ah, peça a quem lhe arrumou “la plata” para benzer-se também. Pois do contrário, ele pode até “morrer”!

Se é para Deus pagar, não é melhor perguntar, antes, se ele assume esse compromisso? Deus –  para quem acredita Nele – lhe deu todas as condições para conviver com o dinheiro, com a prosperidade, com a abundância. Lhe deu as ferramentas necessárias para isso:inteligência,família e amigos,portas(umas tão grandes que você nem percebeu que eram portas;outras tão estreitas que a sua falta de iniciativa impediu que as ultrapassasse), oportunidades, livre arbítrio. Aí, você pôs na cabeça – ou puseram na sua cabeça as religiões e religiosos – que ganhar dinheiro é uma coisa permitida pela divindade. Então esse dinheiro chega como caridade, bondade, piedoso, carolissimo! É a moeda das suas necessidades de sobrevivência. Dinheiro com o qual você se acostuma com o jeitinho resignado e songamonga de respirar fundo e completar que “tá bom, assim”!

Deus – de novo, para quem acredita – deve querer mesmo que você consiga o dinheiro. Afinal de contas  Ele , até segunda ordem, emprestou para você a vida e as ferramentas indispensáveis para isso. Então aja! E reconheça seu mérito na obtenção da grana. Outra coisa, Deus não precisa de dinheiro. Portanto, nada de promessa, de doação indiferente como se fosse uma comissão para Ele. Como está escrito no livro A ciência para ficar rico, do Wallace D.Wattles, devemos “fazer coisas de certa maneira” .

Seu dinheiro não dá para nada porque você quer mais do que o seu dinheiro pode dar. Pense e planeje. O valor do dinheiro é o valor de face. Quer dizer, 100 reais valem 100 reais, não valem 1000. Contudo uma “coisa” de 1000 reais vai consumir 10 cédulas de 100. Bobagem? Então, seu dinheiro continuará não “dando” para nada!

Fulano esbanja o dinheiro que é dele. Cuidado se não é inveja de sua parte. Se ele não fou um desequilibrado, inconsequente, ou gastador contumaz, feliz dele. Que tal descobrir como ele consegue fazer isso? Talvez você possa aplicar as práticas dele na sua vida financeira.

Você está absolutamente certo! Ninguém sabe o dia de amanhã. Até amanhã, o amanhã não existe se você não estiver lá. Poupar, sem o peso de ser uma atitude de sacrifício, é muito saudável. Mas não tente pensar muito no amanhã. Agora, se você for bom de futurologia, aí sim, dá para ganhar uma grana legal, sem pensar no dia de amanhã.

Não se sacrifique para guardar dinheiro. Isso pode custar caro. E, sempre, para pagar o caro que isso custa, você vai ter de usar o dinheiro que guardou “com tanto sacrifício” .

E por aí vamos. A cada uma das frases, com certeza, agora, somos capazes de refletir melhor sobre a energia que elas contém e que é transferida ao dinheiro que passa por nossas mãos.

“Fazer coisas de certa maneira” quer dizer planejar, ser equilibrado, conhecer o que você ganha, as suas despesas e o que se origina da subtração de uma da outra. Se o saldo é positivo, ele pode contribuir para que a sua receita cresça e você possa adquirir outros bens que lhe trarão satisfação, conforto. Enfim, prazer por ganhar dinheiro.

Se, ao contrário, o saldo dessa avaliação for negativo, procure identificar, primeiro, se tem alguma despesa que pode ser diminuída ou até mesmo eliminada. Do lado da receita, talvez você possa abrir uma outra frente, uma outra atividade que ofereça uma remuneração complementar, por exemplo. Na dúvida, procure a orientação de profissionais no assunto.

O fundamental é não agir como é de hábito, transferido para outrem a razão de nossos problemas e dificuldades. O dinheiro, tão mal falado e mal visto , é só papel e atua,numa convenção de troca, como coadjuvante. A interpretação bem ou mal sucedida desse espetáculo da vida cabe a nós, os protagonistas.

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