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domingo, 30 de junho de 2013
A MORAL DE ÓCULOS ESCUROS
A MORAL DE ÓCULOS ESCUROS
Em São Paulo, uma quadrilha invadiu a casa de bolivianos, roubou-lhes o dinheiro que tinham guardado. Insatisfeitos com o valor, exigiram mais em troca da vida do filho do casal, de cinco anos. O menino chorou e implorou para não ser morto. Foi. É a ‘esperança de um futuro melhor’ a se oferecer para tantas outras crianças?
Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, quatro funcionários de um parque de diversões estupraram e mataram uma jovem de 14 anos. Esse é o lazer disponível para tantas outras ‘meninas’ ?
Um jovem, salta o vão entre as duas pistas de um viaduto e morre. Esse é “o salto para o futuro” que aguarda tantos outros ‘meninos’?
Com certeza que R$ 0,20 centavos não atenuam esses dramas. Com certeza que reuniões de bancada também não. Com certeza que agendas populistas e midiáticas, que exibam o povo ultrapassando as trincheiras fisiológicas e conversando com o “poder constituído”, também não.
Com certeza que também não: milagre; abaixo-assinado; caminhada pela paz; camisetas estampando o rosto desses mártires de outono vestidas por anônimos e celebridades de ocasião; sermões e pregações; tolerância zero; rigor no cumprimento da lei; lei mais severa;…
Pensem o que quiserem – pois é um direito/dever pensar – mas, se não houver uma reforma moral, estamos fadados a fugir todos para dentro do FB e deixar que os algozes excluam nossos perfis e com um control/alt/del, executem as nossas vidas virtuais. Esta, que nos emociona, faz ferver o sangue, gosta de beijos e abraços, dinheiro no bolso e cerveja gelada, celular da moda e english conversation está fadada a despencar num precipício de iniquidades e violências sem fim. O buraco do vandalismo é mais embaixo.
Não dá para virar as costas e admitir que “a vida é mesmo assim”. Se é, pqp!, que m…. de vida! A gente não precisa ser gentleman de filme de etiqueta. Agora, pré-histórico moral, é f…! Aos que estão no e em poder, prestem bem a atenção em suas atitudes e seus pensamentos. Procurem observar nos olhos daqueles que fazem parte dos seus círculos de amizades e de convivência. Se todos, todos mesmos, são cúmplices das suas irresponsabilidades – para evitar uma expressão menos tolerante – saiba que os olhares meus e dos meus estão a vigiá-los e, um dia, nos encontraremos. Não se preocupe, será na claridade. Se vocês temem a luz, venham de óculos escuros. Será mais fácil reconhecê-los.
Não é um apelo, é uma observação.
Em São Paulo, uma quadrilha invadiu a casa de bolivianos, roubou-lhes o dinheiro que tinham guardado. Insatisfeitos com o valor, exigiram mais em troca da vida do filho do casal, de cinco anos. O menino chorou e implorou para não ser morto. Foi. É a ‘esperança de um futuro melhor’ a se oferecer para tantas outras crianças?
Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, quatro funcionários de um parque de diversões estupraram e mataram uma jovem de 14 anos. Esse é o lazer disponível para tantas outras ‘meninas’ ?
Um jovem, salta o vão entre as duas pistas de um viaduto e morre. Esse é “o salto para o futuro” que aguarda tantos outros ‘meninos’?
Com certeza que R$ 0,20 centavos não atenuam esses dramas. Com certeza que reuniões de bancada também não. Com certeza que agendas populistas e midiáticas, que exibam o povo ultrapassando as trincheiras fisiológicas e conversando com o “poder constituído”, também não.
Com certeza que também não: milagre; abaixo-assinado; caminhada pela paz; camisetas estampando o rosto desses mártires de outono vestidas por anônimos e celebridades de ocasião; sermões e pregações; tolerância zero; rigor no cumprimento da lei; lei mais severa;…
Pensem o que quiserem – pois é um direito/dever pensar – mas, se não houver uma reforma moral, estamos fadados a fugir todos para dentro do FB e deixar que os algozes excluam nossos perfis e com um control/alt/del, executem as nossas vidas virtuais. Esta, que nos emociona, faz ferver o sangue, gosta de beijos e abraços, dinheiro no bolso e cerveja gelada, celular da moda e english conversation está fadada a despencar num precipício de iniquidades e violências sem fim. O buraco do vandalismo é mais embaixo.
Não dá para virar as costas e admitir que “a vida é mesmo assim”. Se é, pqp!, que m…. de vida! A gente não precisa ser gentleman de filme de etiqueta. Agora, pré-histórico moral, é f…! Aos que estão no e em poder, prestem bem a atenção em suas atitudes e seus pensamentos. Procurem observar nos olhos daqueles que fazem parte dos seus círculos de amizades e de convivência. Se todos, todos mesmos, são cúmplices das suas irresponsabilidades – para evitar uma expressão menos tolerante – saiba que os olhares meus e dos meus estão a vigiá-los e, um dia, nos encontraremos. Não se preocupe, será na claridade. Se vocês temem a luz, venham de óculos escuros. Será mais fácil reconhecê-los.
Não é um apelo, é uma observação.
sábado, 15 de junho de 2013
A MENINA NA TELA
Na tela do computador, espécie de ‘janela do mundo’, a mocinha conta as novidades que acontecem do ‘lado de lá’. A menina é “do outro mundo”. Do mundo vivo, dinâmico, babélico e cúmplice em agrupar as pessoas ‘sozinhas’ que transitam por aí.
Li, numa postagem do Ricardo Durães, que “solidão não é estar sozinho, é estar vazio”. O olhar da moça, ainda que tomado de um sono – que quer dormir depressa para que possa acordar mais rápido –, é repleto de novas maturidades, de uma nova pessoa nascendo ali dentro daquele corpo diminuto e frágil. Pequeno e cheio de energia, se preparando para os outros enfrentamentos que se apresentarão, que avisa aos ‘navegantes’ sob os ‘mistérios do mar’ e a liberdade das águas.
A fala é segura, as reflexões ora de uma pertinência de monge, ora de um frenesi da alma. Não é mais a ‘princesa’, escondida na torre, assistindo a vida passar. Agora é a ‘senhora do castelo’ e a sua vida, naquilo que é de seu direito, ela mesma comanda. E se alegra. A melhor expectativa de nós é o que queremos – e lutamos e conquistamos – para nós.
Na verdade, não está sozinha. Encontra-se ao lado de si mesma. Entendendo que, lá, não existe a opção de “não ir”. De que lá, não tem quem possa ir por ela. De que lá, o mundo é ela e está nela.
Na tela do computador, as aulas carinhosas de como andar por aí. E ser feliz neste pequeno grande mundo.
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