Quantos braços abertos já vimos ou vemos, diariamente? São atletas comemorando, pessoas num encontro ou reencontro, ídolos circunstanciais num palco, corpos abertos para o vento e o sol e, claro, os do Cristo, abertos para a benção e para o sacrifício em favor de nós.
Contudo, nenhum desses braços abertos guardam mais força, mais esperança na vida, mais certeza de vitória do que os braços abertos do menino haitiano resgatado dos escombros dias depois do terremoto que matou mais de 100 mil pessoas em Porto Príncipe, capital do Haiti.
Affonso Romano de Sant’Anna reflete que “embora muitos pereçam, a ruína nos dá lições de vidas.Pois desabam os casamentos , os negócios,a saúde e os regimes, mas não se sabe onde nem por que milagre surgem forças propiciando o resgate e nos livrando do total aniquilamento”.
Este menino, que ao ser “puxado” de volta ao mundo, abriu os braços para os olhares do mundo. Ele mesmo vendo o mundo com um brilho particular nos olhos: o brilho daqueles que, mesmo por maiores que possam ser as adversidades, são capazes, fortes para vencê-las.
Se outros braços abertos não fazem mais efeitos entre nós “humgoístas” – essa nova espécie que povoa o planeta – os do pequeno haitiano gritam “estou vivo,estou vivo”.
O menino não vai para o palco com o Bono, não vai dançar com a Madona e conhecer o seu Jesus fashion , não será beijado pela Carla Bruni e nem se submeterá ao toque de recolher da Hillary Clinton ou aos ciúmes dos militares brasileiros quanto a presença americana em Porto Príncipe. Muito menos será convidado para um jantar a bordo dos gigantescos navios de turismo que estão ancorados em praias haitianas não alcançadas pelo abalo sísmico.
É provável que, neste momento ele esteja comendo uma bolacha de argila debaixo de alguma tenda armada na Cité Soleil. Situação que não é consequência apenas do terremoto da natureza, mas, principalmente, pelos vários terremotos dos homens das grandes potências, das grandes economias que, agora, diante das câmeras, encenam o espetáculo da solidariedade. Se olharem no fundo dos olhos do pequeno haitiano, vão descobrir quem, verdadeiramente, está “debaixo dos escombros”. E que os braços abertos do menino são a oportunidade que lhes é dada para escapar do total aniquilamento.O menino que eu chamo de “meu Menino Jesus”.
Retomando Affonso, ele nos fala, diretamente: “ Amigo,amiga, terremotos, dentro e fora de nós, hão de sempre ocorrer. A ruína, além da morte, nos dá lições de vida”.
Contudo, nenhum desses braços abertos guardam mais força, mais esperança na vida, mais certeza de vitória do que os braços abertos do menino haitiano resgatado dos escombros dias depois do terremoto que matou mais de 100 mil pessoas em Porto Príncipe, capital do Haiti.
Affonso Romano de Sant’Anna reflete que “embora muitos pereçam, a ruína nos dá lições de vidas.Pois desabam os casamentos , os negócios,a saúde e os regimes, mas não se sabe onde nem por que milagre surgem forças propiciando o resgate e nos livrando do total aniquilamento”.
Este menino, que ao ser “puxado” de volta ao mundo, abriu os braços para os olhares do mundo. Ele mesmo vendo o mundo com um brilho particular nos olhos: o brilho daqueles que, mesmo por maiores que possam ser as adversidades, são capazes, fortes para vencê-las.
Se outros braços abertos não fazem mais efeitos entre nós “humgoístas” – essa nova espécie que povoa o planeta – os do pequeno haitiano gritam “estou vivo,estou vivo”.
O menino não vai para o palco com o Bono, não vai dançar com a Madona e conhecer o seu Jesus fashion , não será beijado pela Carla Bruni e nem se submeterá ao toque de recolher da Hillary Clinton ou aos ciúmes dos militares brasileiros quanto a presença americana em Porto Príncipe. Muito menos será convidado para um jantar a bordo dos gigantescos navios de turismo que estão ancorados em praias haitianas não alcançadas pelo abalo sísmico.
É provável que, neste momento ele esteja comendo uma bolacha de argila debaixo de alguma tenda armada na Cité Soleil. Situação que não é consequência apenas do terremoto da natureza, mas, principalmente, pelos vários terremotos dos homens das grandes potências, das grandes economias que, agora, diante das câmeras, encenam o espetáculo da solidariedade. Se olharem no fundo dos olhos do pequeno haitiano, vão descobrir quem, verdadeiramente, está “debaixo dos escombros”. E que os braços abertos do menino são a oportunidade que lhes é dada para escapar do total aniquilamento.O menino que eu chamo de “meu Menino Jesus”.
Retomando Affonso, ele nos fala, diretamente: “ Amigo,amiga, terremotos, dentro e fora de nós, hão de sempre ocorrer. A ruína, além da morte, nos dá lições de vida”.