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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ENCANTADOS

Encantados

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ENCANTADOS

Eles se conheceram do modo mais comum, igual a maioria dos iguais mortais que andam por esta Terra que anda por esse espaço. Encontro causal, no trabalho.

E o comum, o bom do que é comum, é quando ele se transforma no incomum, em um dos mais significativos momentos da vida. Foi assim com os dois. Ela entrou na sala acompanhada de  sorriso e gentileza e beleza e um par de tornozelos – tudo embalado numa linda saia preta e uma blusa vinho – e ele foi para o vácuo. Entrou em estado de suspensão. O mundo passou a ser apenas aquele olhar hipnótico e aquele “bom dia” que era um acorde do flautista de Hamelin.

Aí, o ‘encantado’ tornou-se prova cabal de que a ficção imita a realidade. Ou a realidade é que dá graça à ficção. O importante mesmo é que agora  ele não precisa aprender para ensinar os mistérios do mundo. Eles acabavam de ser revelados ao seu coração por aquela ‘deusa’, aquela mônada que numa única exceção abria uma porta para que o amor dele entrasse e nunca mais saísse de dentro dela.

Um dia , atrevido e amando, ele pega uma carona. Erraram a rota. Retomaram o caminho certo.Trocaram confidências,toques de mão. Ritual de flor e macarrão. A dama e o vagabundo em milhões de quadros por segundo. E no dia em que fizeram amor pela primeira vez, o para sempre apaixonado jurou viver com ela e ao lado dela enquanto ela assim o quisesse.

E tudo em volta assim o quis. E eles assim estão.

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