Ao pé de ouvido
AO PÉ DE OUVIDO
Na hora ‘agá’, do ‘fala que eu te escuto’, a gente engasga, engole o pequi , tosse a farinha, evite o embate. No máximo, tentamos transferir o problema para o outro mas – aqui está a manha da safadeza – ou da covardia – com todo o carinho, cheio de metáforas e pranchas e escovinhas. Alisamento progressivo para não tomar uma arranhada volveriniana de volta.
O mais comum é a gente suspirar, dizer que perdeu o apetite, andar em papel de arroz, dar uma encostadinha de leve, soltar uma piadinha, perguntar como vai um parente, como vai a vida. E, se não nos mandam ir para, temos a chance de perceber que pequenos diálogos, todos os dias, regulamentados pelo carinho e pelo respeito, podem resolver muitas coisas. Mesmo que seja um discurso indireto. Se é honesto, do coração, acaba um sucesso!
E então a gente enche o peito e volta a ser feliz de novo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário