FOTO EM : http://www.projetotimoteo.org.br/Livros/AdeliaPrado.jpg
A poeta Adélia Prado é uma pessoa por quem tenho um profundo respeito e um certo medo. O respeito, não preciso explicar. O medo se deve ao fato de que, certa vez, a vi na av.Afonso Pena, em Belo Horizonte. O primeiro ímpeto, de leitor voraz de sua obra, foi de ir correndo ao seu encontro e dizer-lhe essas coisas que um fã diz ao seu ídolo, de dizer-lhe que também escrevia poesia, havia conquistado alguns prêmios, de perguntar-lhe se poderia enviar uns escritos para ela ler e opinar.Contudo, pasmo por vê-la, ali, em carne e osso, em matéria poeta,em essência poesia, virei a esquina e tchau!
Tempos depois, quando fazia o programa “Gente” na TV Horizonte, a produtora e assistente de direção, Luciana Katahira, por diversas vezes tentou marcar com a minha poeta preferida, uma entrevista. Nunca conseguiu enquanto durou o programa.
Em novembro de 2008, Adélia concedeu uma entrevista para a edição número 16 da Revista da Cultura, uma publicação da Livraria Cultura ( eu conheço a que está localizada no Conjunto Nacional, em São Paulo, na avenida Paulista, 2073; um lugar maravilhoso, com atendimento de qualidade e liberdade de ir, ler,ver, e ir(comprando ou não). Aliás, parecida com ela, eu conheci a El Ateneo, em Buenos Aires, que funciona onde antes foi um teatro).
Mas, falando sobre Adélia e a entrevista, eis que a minha poeta preferida opina sobre a morte – essa morte que é tema da minha dissertação de mestrado. Coincidência ou não, promovo aqui, neste espaço, o meu encontro com ela, a Adélia mulher e poeta, que não pude realizar na televisão. E uma curiosidade: ao caminharmos para o final da entrevista, eu perguntava ao entrevistado sobre a morte. Então, como se eu tivesse feito essa pergunta para Adélia Prado, retransmitida pelo jornalista Amilton Pinheiro da Revista da Cultura, eis o que ela respondeu:
“Você nasce para a vida, não quer morrer. Mesmo a pessoa que deseja morrer, só tem esse sentimento porque tem uma vida ruim e queria uma melhor. Por isso, a finitude é realmente um tormento assim como o tempo. Apesar de sermos finitos, nos intuímos e desejamos o infinito, a vida eterna, que não se acaba, a felicidade, a saúde, alegria e beleza. Nós queremos tudo isso. Se não quiséssemos isso, a vida perene não teria a menor importância. Tudo o que fazemos é mascarar a morte. A cultura é uma espécie de defesa contra a morte, uma forma de esquecê-la um pouquinho. Ir ao baile, fazer uma festa, escrever um livro, é tudo empenho para esquecer a existência dela”.
Dona Adélia, a senhora continua minha poeta encantada.
Tempos depois, quando fazia o programa “Gente” na TV Horizonte, a produtora e assistente de direção, Luciana Katahira, por diversas vezes tentou marcar com a minha poeta preferida, uma entrevista. Nunca conseguiu enquanto durou o programa.
Em novembro de 2008, Adélia concedeu uma entrevista para a edição número 16 da Revista da Cultura, uma publicação da Livraria Cultura ( eu conheço a que está localizada no Conjunto Nacional, em São Paulo, na avenida Paulista, 2073; um lugar maravilhoso, com atendimento de qualidade e liberdade de ir, ler,ver, e ir(comprando ou não). Aliás, parecida com ela, eu conheci a El Ateneo, em Buenos Aires, que funciona onde antes foi um teatro).
Mas, falando sobre Adélia e a entrevista, eis que a minha poeta preferida opina sobre a morte – essa morte que é tema da minha dissertação de mestrado. Coincidência ou não, promovo aqui, neste espaço, o meu encontro com ela, a Adélia mulher e poeta, que não pude realizar na televisão. E uma curiosidade: ao caminharmos para o final da entrevista, eu perguntava ao entrevistado sobre a morte. Então, como se eu tivesse feito essa pergunta para Adélia Prado, retransmitida pelo jornalista Amilton Pinheiro da Revista da Cultura, eis o que ela respondeu:
“Você nasce para a vida, não quer morrer. Mesmo a pessoa que deseja morrer, só tem esse sentimento porque tem uma vida ruim e queria uma melhor. Por isso, a finitude é realmente um tormento assim como o tempo. Apesar de sermos finitos, nos intuímos e desejamos o infinito, a vida eterna, que não se acaba, a felicidade, a saúde, alegria e beleza. Nós queremos tudo isso. Se não quiséssemos isso, a vida perene não teria a menor importância. Tudo o que fazemos é mascarar a morte. A cultura é uma espécie de defesa contra a morte, uma forma de esquecê-la um pouquinho. Ir ao baile, fazer uma festa, escrever um livro, é tudo empenho para esquecer a existência dela”.
Dona Adélia, a senhora continua minha poeta encantada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário