Será que eu posso escrever sobre você? Escrever o quanto a sua presença em minha vida é fundamental para que eu possa organizar o caos diário, priorizar os sonhos, agendar as soluções, abrir todas as janelas da casa, fazer a lista do supermercado, chorar de emoção depois de reler Cien años de soledad , dar banho na minha Lady – uma ‘mulher’ que adora deitar-se aos meus pés?
Será que eu posso contar sobre você? Contar dos planos, das ansiedades e angústias, das competências e dificuldades, das vontades, das antigas e novas viagens, as histórias curiosas, engraçadas, tragicômicas – e que sejam sempre mais cômicas do que trágicas?
Será que eu posso informar a sua idade? Informar que é preciso sigilo neste quesito não por causa da vaidade, mas pela sua capacidade de me oferecer do tempo o que de melhor ele tem.
Será que eu posso falar de você? Falar da sua amizade de cachorro velho, da sua cumplicidade, da sua paciência, da sua tolerância, do seu talento para viver o mundo, dos seus conselhos, das suas críticas, da sua solidariedade, dos seus valores, das suas responsabilidades …e irresponsabilidades?
Será que eu posso confessar que você também não é perfeita…ou perfeito?
Será que eu posso mostrar você? Mostrar o seu sorriso infantil, a sua cara feia, as unhas do Wolverine, as mãos de passarinho, o olhar para a frente, o sono agitado, o sonho de anjo, a sua desorganização, a sua ordem, a sua força?
Será que eu posso repetir Caetano e afirmar que “essa canção é só pra dizer, e diz”?
Será que eu posso admitir que eu só quero ser você, por você, para você? Admitir o quanto amo?
E você, sabe a quem me refiro?A você, evidentemente!
Ixi...Será que eu poderia pensar que esse VOCÊ,poderia ser EU?Creio que não,né?Bjim
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