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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BICICLETAS




Saber como se faz não é, necessariamente, saber fazer. De vez em quando a gente se esquece disso e arrisca. A chance de não dar certo…é certa!

Sei andar de bicicleta. Melhor, de bike. Bicicleta é palavra tão antiga quanto eu. Aí, resolvi aceitar um convite e pedalar. Mistura de vaidade com amor-próprio e …

…pista estreita dividida com caminhantes (ou caminhadores). Dificuldades de adaptação ergonométrica com o veículo, suas marchas.Marchas?! No meu tempo era só freio. E olhe lá!

Sei andar de bike mas não consigo fazê-lo num espaço tão estreito, cheio de curvas,morrinhos, galhos de árvores, crianças, cães e a minha acompanhante, linda e toda serelepe, rindo da minha incompetência e intranquilidade. Pelo menos, se serve de consolo, alegrava alguém com a idiotice. Parecia que a roda dianteira tinha vida própria e que de uma hora para outra todas as pessoas da cidade resolveram caminhar ou pedalar. Eu era um palhaço equilibrando numa corda bamba, sentado em uma bicicleta dona do seu próprio nariz.

O sinal de alerta veio com um quase atropelamento de uma senhora que exclamou “nossa, que horror”. Algumas centenas de pedaladas depois, encontrei o calcanhar de um senhor e quase  altero a minha agenda de domingo. A dele também.

Parei.Voltei. A pessoa que estava comigo pagou o preço de meia hora para os quase quinze minutos de uso e pânico. Depois só gargalhadas e a gozação dela.

Sei como se anda de bicicleta. Não sei fazer isso mais. Apesar de tentar ao redor de uma lagoa, o esporte não é mais a minha praia.

Infame. O trocadilho.


A fotografia de ilustração está em www. fotonostalgiablog.blogspot.com

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