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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NÃO EMBARQUE

NÃO EMBARQUE 

Rodoviária de Belo Horizonte. Você chega para embarcar ( e assenta naquelas cadeiras desconfortáveis que estão incluídas na taxa de embarque que você paga), para comprar uma passagem, para ir ao banheiro, para fazer um lanche.

No instante em que você vai ultrapassar os guichês das empresas de ônibus e entrar no “salão” uma situação pode ocorrer na sua frente. Ali, onde ficam (ou ficavam) os telefones públicos – 3 em cada parede , um cidadão entre a tristeza, a desorientação e o nervosismo é “assistido” por dois outros(pode ser também um casal ou duas mulheres). As mochilas do homem encostadas num canto.
Você aparece na frente deles e a ação é rápida, precisa, com um diálogo mais ou menos assim:

Homem 1 : Você brigou com ele?
Cidadão: Ele pegou minha carteira…(anda para um lado e para o outro,passa a mão na cabeça)
Homem 2 : Levou tudo?
Cidadão: Meu Deus e agora, como é que eu vou fazer?
Homem 1: Você tava chegando aqui?

Aí, se você parar, um dos homens atrai você para a conversa, pedindo ajuda. Em algumas situações, um deles  “dá” uma grana para o “assaltado” e pergunta se você também não pode ajudar. Junto com o pedido, vem aquele discurso sobre a falta de segurança, a bandidagem, a covardia de assaltar um “trabalhador”, “um pai de família”.

Você “embarca” se quiser. Os de “bom coração”, sempre.

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