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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BAIXARIA NO CAFOFO

BAIXARIA NO CAFOFO *

Briga de marido e mulher não se mete a colher,  determina o dito popular. Salvo quando é um agredindo o outro. Briga de casal, intrometido é que leva pau(no sentido de pancada, tudo bem?).

Brigar, em qualquer circunstância, – as afetivas, então -  sempre gera um desgaste, um remorso, arrependimento, goros federais de chapar até a geração seguinte. Sem falar nos me perdoa, não faço mais, foi um desatino, perdi a razão, mas você também provoca, a culpa é sua, você não devia ter feito isso. E paramos por aqui para não dar briga, outra vez.

Evaldo Gouveia e Jair Amorim, filósofos do comum, diplomados na academia do assim é que é, compuseram um tratado sobre esses entreveros conjugais, maritais, eventuais, de ficantes e ficados , de amantes e abandonados.

Bolero de qualidade, isca de bebida forte e lágrimas em abundância, “Brigas” tem um intérprete fenomenal: Altemar Dutra. Duvido que alguém, depois de ouvir, seja capaz de uma baixaria no cafofo. Dessas que alegram a vizinhança e deixam o casal em desavença na maior saia justa no dia seguinte.
“Veja só/Que tolice nós dois/Brigarmos tanto assim/Se depois/Vamos nós a sorrir/Trocar de bem no fim/Para que maltratarmos o amor/O amor não se maltrata não/Para que se essa gente o que quer/É ver nossa separação”.

Se vai ficar de bem, a seguir; se é aquela corja de invejosos que está azucrinando o love , por qual razão o confronto, o machucadinho no amor?

“Brigo eu/Você briga também/Por coisas tão banais/E o amor/Em momentos assim/Morre um pouquinho mais”.

Morre, morre mesmo! A gente perde o respeito pelo outro. Admite que é vítima e vítima e vítima e que se dane quem vai assumir a paternidade do estrago: o ‘eu’ é sempre o prejudicado.

“E ao morrer então é que se vê/Que quem morreu fui eu e foi você//Pois sem amor/Estamos sós/Morremos nós”.

‘Castigo’ é outra canção de deixar no castigo qualquer desalmado ou briguento de ocasião. A autoria é de Dolores Duran. Além dela, o grande intérprete dessa composição é Jamelão. Vozeirão de tremer qualquer pecador:

“A gente briga, diz tanta coisa
que não quer dizer
briga pensando que não vai sofrer
que não faz mal se tudo terminar
Um belo dia a gente entende
que ficou sozinha
vem a vontade de chorar baixinho
vem o desejo triste de voltar
você se lembra
foi isso mesmo que se deu comigo
eu tive orgulho e tive por castigo
a vida inteira pra me arrepender
se eu soubesse naquele dia
o que sei agora
eu não seria este ser que chora
eu não teria perdido você”.

Pois é, tem muito cafofo por aí precisando melhorar a discoteca e o jeito de  lidar com o amor de um e de outro.Estamos ouvindo e repetindo muito esse “um tapinha não dói”.

Fotografia de acervo

Um comentário:

  1. Interessante, ontem tava lembrando de algumas coisas do meu passado. essa música veio completar o resto. Resto mesmo porque, só ficou isso. Amei alguém mais velho que eu 40 anos ha 15 anos atrás. Eu gostava de vê-lo cantando essa música e elgumas de Adoniran também!
    Eu pensava em casamento e uma familia feliz mas, ele já tinha passado dessa faze. Ser feliz pra ele era o suficiente. Pena que naquela época eu não sabia disso. Só precisamops ser felizes!!!!!!!!!!

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