Casamentos
CASAMENTOS
Agora, na minha “terceira dobra” do tempo – cada “dobra com 25 anos – entendo melhor como é bom um casamento. Ainda que tenha divorciado duas vezes, vivido um relacionamento que não frutificou. Agora, adubo um último. Este, alegre e repleto de muitos planos, mesmo com as distâncias e ausências decorrentes das nossas atividades.
Um “casamento” significa unir expectativas, incoerências, pequenas mesquinharias, descortesias, surpresas, rotina, hábitos, certas deselegâncias, amigos ‘incomuns’, amigos ‘maravilhosos’, os ‘chatos e palpiteiros’. Duas ‘liberdades’ que vão experimentar o conflito de uma ‘liberdade comum’ dentro de quatro paredes. Do lar, do coração, do mundo.
Exige tal ‘união’ considerar o outro como o outro. E não querer que ele seja uma extensão de nós. É admitir que o relacionamento deve se pautar pela felicidade da razão e pela razão da felicidade. Ou, como diz o bolero, “é melhor brigar juntos do que chorar separados”. Claro que se a briga estiver mais para uma arena do que para lençóis, o melhor é uma revisão de conceitos.
Todos queremos, não importa qual o tipo, que um ‘casamento’ seja “para sempre”. Se no meio do caminho mudamos de ideia, em outro momento sentiremos sua falta. Sentiremos a necessidade do “outro pedaço”. E mesmo que estejamos decididos a conviver com a ‘amputação’, de vez em quando aquela ‘coceirinha’ imaginária dará a impressão de que tudo está ‘no seu devido lugar’. No amor. E deve.
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