Elizabeth KÜBLER-ROSS, em A roda da vida. Memórias do viver e do morrer – Editora Sextante, afirma que a morte é apenas a transição para uma forma de vida diferente, o estágio final da evolução terrena.
Em amplitudes diferentes, todos nós somos impactados, abalados e até entramos em estado de choque quando nos deparamos com o momento da morte. Momento este que não é só o da morte em si, mas também o de seus rituais. Ainda que existam sentimentos em relação ao outro que foi, o que mais nos incomoda é o fato de depararmos com a sensação de impermanência de nós mesmos. Isto ocorre quando invertemos as posições nos colocando no lugar desse outro.
Norbert ELIAS escreve em A solidão dos moribundos, da Edittora Jorge, que “a morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm problemas”. “ A morte nos destrói sem nos atingir” , afirma André COMTE-SPONVILLE, no seu livro Bom dia, angústia, editado pela Martins Fontes. Já a francesa Simone de BEAUVOIR reflete, em Uma morte bem suave – Editora Nova Fronteira, que ao presenciarmos o sepultamento de alguém “assistimos ao ensaio geral do nosso próprio enterro”. José Carlos RODRIGUES diz que os ritos de morte são importantes pois eles “comunicam, assimilam e expulsam o impacto que provoca o fantasma do aniquilamento”(em O Tabu da Morte-Editora Achiamé). “A visão de uma pessoa moribunda”, aponta Norbert Elias, “ abala as fantasias que as pessoas constroem como uma muralha contra a idéia de sua própria morte”.
O que nos interessa com tudo isso é que devemos admitir a ambivalência de nossos sentimentos com relação à morte do outro. Se por um lado, nos abalamos e não aceitamos a morte dos que nos são caros e queridos, somos indiferentes quanto a morte distante, aos que morrem mas nos são desconhecidos na perspectiva da afeição. E, por incrível que pareça, costumamos acreditar que ela não nos alcançará.Daí, a enormidade de atos falhos, de egoísmos, de espoliações, de submissões e outros deslizes que cometemos ao longo da vida.
Por isso, é fundamental assistir o documentário NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS, um filme de Marcelo Masagão. Ganhador de 17 prêmios. É uma das mais belas sínteses da efemeridade humana tendo como pano de fundo um instante da vida que conhecemos como século XX.
Em amplitudes diferentes, todos nós somos impactados, abalados e até entramos em estado de choque quando nos deparamos com o momento da morte. Momento este que não é só o da morte em si, mas também o de seus rituais. Ainda que existam sentimentos em relação ao outro que foi, o que mais nos incomoda é o fato de depararmos com a sensação de impermanência de nós mesmos. Isto ocorre quando invertemos as posições nos colocando no lugar desse outro.
Norbert ELIAS escreve em A solidão dos moribundos, da Edittora Jorge, que “a morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm problemas”. “ A morte nos destrói sem nos atingir” , afirma André COMTE-SPONVILLE, no seu livro Bom dia, angústia, editado pela Martins Fontes. Já a francesa Simone de BEAUVOIR reflete, em Uma morte bem suave – Editora Nova Fronteira, que ao presenciarmos o sepultamento de alguém “assistimos ao ensaio geral do nosso próprio enterro”. José Carlos RODRIGUES diz que os ritos de morte são importantes pois eles “comunicam, assimilam e expulsam o impacto que provoca o fantasma do aniquilamento”(em O Tabu da Morte-Editora Achiamé). “A visão de uma pessoa moribunda”, aponta Norbert Elias, “ abala as fantasias que as pessoas constroem como uma muralha contra a idéia de sua própria morte”.
O que nos interessa com tudo isso é que devemos admitir a ambivalência de nossos sentimentos com relação à morte do outro. Se por um lado, nos abalamos e não aceitamos a morte dos que nos são caros e queridos, somos indiferentes quanto a morte distante, aos que morrem mas nos são desconhecidos na perspectiva da afeição. E, por incrível que pareça, costumamos acreditar que ela não nos alcançará.Daí, a enormidade de atos falhos, de egoísmos, de espoliações, de submissões e outros deslizes que cometemos ao longo da vida.
Por isso, é fundamental assistir o documentário NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS, um filme de Marcelo Masagão. Ganhador de 17 prêmios. É uma das mais belas sínteses da efemeridade humana tendo como pano de fundo um instante da vida que conhecemos como século XX.
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